JORNAL ESTÂNCIA DE ATIBAIA
Criada em 15 de dezembro de 1831, a corporação conta com um contingente de aproximadamente 85 mil homens e mulheres
A Polícia Militar do Estado de São Paulo completa exatos 190 anos de existência nesta quarta-feira (15). Nesses quase dois séculos, a Polícia Militar paulista participou de diversos momentos históricos para o estado e para o Brasil, empenhada sempre em manter a ordem pública.
Como uma das maiores forças de segurança pública do mundo, a PM construiu ao longo desse período uma estrutura técnica de gestão que oferece subsídios às políticas de segurança e atendimento à sociedade.
Atualmente, a corporação é considerada a maior polícia do Brasil e a terceira maior instituição militar da América Latina, com aproximadamente 85 mil homens e mulheres que trabalham para garantir a segurança em todo o estado.
“A Polícia Militar de São Paulo é uma instituição de excelência em segurança pública e um grande patrimônio da população paulista. Sua história foi construída por bravos homens e mulheres comprometidos com o bem comum, com o desenvolvimento de São Paulo e do Brasil e, fundamentalmente, com a proteção das pessoas", reforça o secretário de Segurança Pública, general João Camilo Pires de Campos.
Especialização
A crescente demanda por serviços de segurança foi acompanhada por um processo permanente de modernização de procedimentos, inclusive com a criação de equipes especializadas, como o GATE (Grupo de Ações Táticas Especiais), em 1987. O grupo surgiu a partir de um novo conceito de intervenção policial e é preparado para agir em situações consideradas de alto risco, como desarmamento de bombas e resgate de reféns.
As unidades de policiamento ostensivo e de repressão ao crime também foram aprimoradas ao longo do tempo. Desse trabalho surgiram programas como a Força Tática, de Polícia Comunitária, Escolar, ROCAM (Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas), Policiamento Ambiental, Corpo de Bombeiros, o aplicativo SOS Mulher, entre outras iniciativas. Todas as regiões do estado ainda receberam unidades do Batalhão de Ações Especiais (BAEP), que atuam em padrão similar ao do policiamento de Choque e têm sido eficientes no enfrentamento ao crime organizado, em gerenciamento de crises, no policiamento em eventos e praças desportivas, no patrulhamento em áreas consideradas de risco e no controle de multidões.
Inteligência e Tecnologia
Nos últimos anos, a evolução da Polícia Militar de São Paulo foi pautada principalmente pelos investimentos nos serviços de inteligência e tecnologia. Fazem parte desse planejamento, por exemplo, a aquisição de drones, armas de grande precisão para combater o tráfico de drogas, armas de menor potencial ofensivo, como as de incapacitação neuromuscular, viaturas com proteção balísticas, sistemas de informação integrados e câmeras acopladas aos uniformes dos policiais para garantir mais transparência às ações e mais proteção aos próprios policiais militares e à população atendida.
Estado mais seguro do Brasil
O resultado do trabalho dos policiais militares, em todas as suas frentes, é verificado pelos indicadores de criminalidade de São Paulo. O trabalho integrado da Polícia Militar com as Polícias Civil e Técnico-Científica garante, ao estado, os melhores índices do país, como a menor taxa de homicídios, e respostas rápidas a qualquer nova demanda em termos de segurança pública. Em 2021, as ações preventivas e ostensivas da Polícia Militar resultaram em mais de 110.000 prisões, 200 toneladas de drogas apreendidas, 6.000 armas apreendidas, 30.000 veículos recuperados.
Além das operações e ações de alto risco, os policiais militares de São Paulo também escrevem seus nomes na história, diariamente em partos e salvamentos como o executado pelo soldado José Barbosa de Andrade, em janeiro de 1999. O policial, que não sabia nadar, faleceu após resgatar uma mulher que havia caído no Rio Tamanduateí, na Capital. Ele enfrentou o risco e honrou seu compromisso para agir em situação de emergência e salvar uma pessoa. O caso rendeu um pedido de beatificação do soldado Barbosa, que está em análise pelo Vaticano.
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