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A DOR FANTASMA Catástrofes naturais. A dor do outro, importa?

JORNAL ESTÂNCIA DE ATIBAIA

por: Maria Antonieta Iadocicco

Maria Antonieta Iadocicco
Maria Antonieta Iadocicco

A guerra é algo tão primitivo, que caberia a futura geração só vê-las em livros de História.


E quanto às conhecidas catástrofes naturais, que já não são tão naturais assim, deveriam ser algo do passado. Passamos por tantos aprendizados semelhantes e continuamos a cometer os mesmos erros.


Por tanto tempo acreditei na canção de John Lennon “Imagine”, um mundo sem fronteiras. Como seria se fosse apenas uma só Terra, sem divisão geofísica.


Hoje, porém, acredito que os conflitos permaneceriam, simplesmente por que o homem é conflitante.


- Por que nossa dor é mais relevante que a dor alheia?


Podemos nos sensibilizar, mas tudo parece tão distante de nós.

Será assim tão distante?


Perder a casa em uma inundação, sofrer com a seca, passar pela estrada bem no momento de um deslizamento, estar na rua em meio de um conflito armado ou ser assaltado por um jovem drogado, todos estamos sujeitos.


Teremos força e união para transformar a massa e dar um basta ou continuaremos governados por essa tirania mundial?


Afinal, essa dor fantasma são apenas as consequências dessas mentes doentias que decidem o mundo.


Vejamos o contraste climático que o Brasil vive hoje, como o Amazonas.


Com explica Paulo Artexo (professor do instituto de física da USP), o planeta já está 1,2 C mais quente. Nos 3 últimos relatórios do IPCC, o conjunto de modelos climáticos mostra que o futuro da Amazônia vai ser de um aumento de temperatura muito significativa e uma redução da precipitação de chuvas também significativa. Independentemente do El Niño e eventos climáticos extremos. Mas esses fatores não são completamente independentes um do outro.


Entendamos que (efeito El Niño):


1. O aumento de temperatura no pacifico pode causar o enfraquecimento ou até a reversão dos ventos, alterando o local de chuvas e a temperatura do oceano, com efeito no mundo todo.


2. A chuva e as águas quentes se concentram na parte Oeste das Américas, evitando a ressurgência.


3. Aumento generalizado de temperatura no Brasil as regiões Norte e Nordeste ficam mais secas e o Sul tem mais chuva. Os eventos podem ser agudos nessas regiões (secas e chuvas torrenciais).


Soma-se a isso tudo o impacto do avanço do desmatamento e da degradação florestal da Amazônia.


Os rios, Rio Negro, Solimões, Madeira, Juruá e Purus estão secando em ritmo recorde, e os incêndios florestais estão destruindo a floresta tropical em novas áreas no baixo Amazonas.


O problema mais grave são as comunidades incluindo as indígenas, não há mais água potável, dos rios restaram às lamas e com a má qualidade da água a população está adoecendo.


Os rios estão intransitáveis para o acesso da assistência médica e a alimento escasso não se renova.


- Mas, isso é apenas a dor do outro!


Quadro desastroso para o SUL:


Tempo severo – Novo ciclone extratropical deixa o Sul do país em alerta máximo.

Notícias como essas, tornaram-se objetos comuns, banais. O homem consegue adaptar-se aos extremos, como:


No município de Rio do Oeste, equipes usam barcos para ajudar no transporte dos moradores.


Taió, exército atua em resgate.


Os deslizamentos e alagamentos são consequências das chuvas.

Rio do Sul: mais de 12 mil desabrigados.


- Podemos naturalizar a dor? Esses fenômenos chamados naturais já são também consequências da ação humana!


As guerras: conflitos externos e internos

Como enxergar o lado positivo da violência, seja qual for. Dizer que depois dessas experiências desumanizadora a sociedade irá melhorar, tornando-se mais tolerante, não é verdadeiro. Isso foi dito nos tempos de pandemia, quando tínhamos a incerteza se continuaríamos vivos.


A guerra é um simples meio de enriquecer alguns com a dor do outro.


Não há muita diferença, os conflitos entre países ou estar caminhando em sua rua e assistir a morte dos médicos no RJ por engano, a comando do tráfico.


Tudo é violência seja ela, ambiental, política e/ou religiosa. Dores maiores para os que perdem seus bens materiais e entes queridos para a ganância desenfreada de outros.


Enfim, tudo deixa impactos inevitáveis na sociedade como a perda da saúde física e mental e qualidade de vida. O sofrimento diante da perda de nacionalidade, das referências geográficas, da história, o isolamento, no êxodo dos refugiados, nas perdas e na distância de entes queridos, de amigos e vizinhos.


Se não recuperarmos a nossa capacidade de pensar, capacidade de sermos solidários e capacidade de viver em sociedade, sem dúvida, estamos caminhando para o caos.


Assim, criamos e nos adaptamos a viver com essa Dor Fantasma, que estará sempre a nos rodear.


Maria Antonieta Iadocicco
Maria Antonieta Iadocicco




Pesquisa:

Folha de São Paulo

Notícias UOL. Com.br

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