JORNAL ESTÂNCIA DE ATIBAIA
São Paulo é o Estado que mais tem relações comerciais com os países que disputam a primeira fase do mundial de futebol
A Copa do Mundo 2022 está em campo. Cabeça de chave, o Brasil faz sua estreia no Mundial do Catar contra a Sérvia, nesta quinta, 24 de novembro, às 16h. As seleções se enfrentaram apenas na Copa da Rússia, em 2018, e a Canarinho levou a melhor com 2 a 0 no placar.
No futebol, a defesa é a principal arma do forte e alto grupo sérvio. Segundo os analistas esportivos, o Brasil precisa ficar atento aos contra-ataques. Mas na balança comercial, a situação é de equilíbrio entre os dois países. Segundo dados da Comex Stat, plataforma do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, de janeiro a outubro, as exportações brasileiras marcam US$ 48,5 milhões. São Paulo é o estado que lidera os números e em 2022 as exportações paulistas para a Sérvia já ultrapassam os US$ 20,2 milhões. Entre os principais produtos estão a carne, que corresponde a 32% das exportações, café (16%) e tabaco (14%).
No ranking geral de exportações com o Brasil, a Sérvia ocupa o 116º lugar e nas importações está em 83º posto de fornecedor internacional. O foco dos brasileiros está nos equipamentos: geradores elétricos, bombas, compressores de ar e tubos plásticos perfazem 52% dos produtos sérvios que chegam ao país. Minério de cobre e seus concentrados chegam a 17%. Em números, totais as importações em 2022, já somam US$ 50,7 milhões e São Paulo novamente é o estado que mais consome a produção do país do leste europeu.
Chocolate
Na segunda rodada do grupo G da Copa do Catar, o confronto é contra a Suíça, no dia 28, às 13h. Em pleno horário de almoço, tudo o que o brasileiro não vai querer saber é de chocolate suíço como sobremesa. Até porque o retrospecto é um tanto meio amargo, na Copa de 1950, no Brasil, os suíços, atrás no marcador por duas vezes, chegaram a um empate em 2 a 2 contra os anfitriões da quarta edição do torneio mundial. Na Rússia, em 2018, um novo empate em 1 a 1 entre as duas seleções.
Brasil e Suíça possuem um relacionamento comercial harmonioso e de longo prazo. O Brasil é o principal parceiro econômico na América Latina, responsável por 34,4% dos negócios suíços na região, e ocupa a 24ª posição no ranking dos mais importantes parceiros comerciais da Suíça. Do lado de cá, a Suíça ocupa o 45º lugar no ranking das exportações e o 25º nas importações. Em números, as exportações até outubro de 2022 estão em US$ 953 milhões e as importações ultrapassam os US$ 2 bilhões. Ponto para os suíços.
Os principais produtos que o Brasil vendeu para a Suíça em 2022 foram ouro (53%), açúcares e melados (7,3%), produtos da indústria de transformação (4,6%), carne (4,1%), cobre (3,6%) entre muitos outros itens. Já a Suíça exportou especialmente medicamentos e produtos farmacêuticos (40%), compostos de funções nitrogenadas (15%), compostos organo-inorgânicos (7,4%) e produtos da indústria de transformação (4,8%)
Esta relação amistosa também se acentua com São Paulo, que desde 2012 tem estreita relação com a Suíça, em oito projetos de investimentos. São empresas do setor químico em Itápolis, farmacêutico em Hortolândia, automotivo na Capital, de eletroeletrônicos em Cotia, Sorocaba e Valinhos, e claro, de alimentos e bebidas, tendo como âncora duas grandes fábricas suíças de chocolate nos municípios de Araçatuba e Caçapava.
Segundo dados do Governo de São Paulo, o investimento total gerado por estes oito projetos entre os anos de 2012 e 2019 soma US$ 409,6 milhões e a geração de mais mil empregos diretos.
Camarões
Para fechar a fase de classificação no Catar, a Seleção Brasileira entra em campo contra Camarões, no dia 2 de dezembro, às 16h. A equipe africana tem a gana e a força dos Leões, mas nas duas vezes que cruzou com os canarinhos, em 1994 e 2014, foram 7 gols contra 1, a favor dos brasileiros, 3 a 0, nos Estados Unidos e, 4 a 1, em casa, no Estádio Nacional em Brasília.
Nas relações comerciais, há uma certa timidez. O Brasil importa dos africanos: 77% em látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais, e 22% em folhas, aglomerados e outros produtos de madeira; e exporta essencialmente açúcares e melados (54%); álcoois, fenóis e outros derivados químicos (24%).
As exportações em 2022 somam US$ 83 milhões já a importação US$ 1,3 milhões. No ranking das exportações Camarões ocupa a 102º posição, ante 128º nas importações.
Apesar da diferença dos placares, no quesito alegria e paixão pelo futebol quando se fala em qualquer país da África e do Brasil, é preciso consultar o VAR.
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