JORNAL ESTÂNCIA DE ATIBAIA
com: Eduardo Negrão
O SINDELIVRE – Sindicato das Entidades Culturais recreativas de Assistência Social de Orientação e Formação Profissional – do Estado de São Paulo é como o seu rebuscado nome, abrange uma grande variedade de atividades empresariais e assistenciais, mas ao mesmo tempo, na prática, acaba não representando nenhuma delas.
Não dá para esperar outra coisa de um sindicato que reúne desde berçário até ONGs, de Empresas de atividade Circenses até orquestras, de laboratórios de pesquisas até escola de línguas. Ao todo são mais de 14 ramos de atividade acolhidas sob o guarda-chuva desse monstrengo sindical chamado Sindelivre. Como sempre acontece no Brasil, quando falta foco para contribuir com o coletivo acabamos reduzidos a vantagem particular, pessoal. Nesse sentido o grande objetivo do Sindelivre é que os associados sirvam a diretoria do órgão e não o contrário, como seria o correto.
LEMBRA “SINDICATO DE LADROES” DE 1954.
Fato mais grave levado ao conhecimento dos diretores e conselheiros fiscais do atual presidente da entidade, violando estatuto e delapidando o patrimônio do sindicato, remunera serviços autônomos sem contraprestação ou maiores explicações a própria esposa, senhora Maria Regina Moreira Cambiaghi Vieira que recebia mensalmente quantias mensais na faixa de R$ 19.000,00 desde 2009. Esses dados não são criação desse jornalista, mas sim detalhes da ação judicial nº 00016685820155020047 que corre na 47ª Vara Trabalhista da Comarca de São Paulo.
Para se contrapor a essa “dilapidação de patrimônio, contratação com viés nepotista e ausência de aprovação de contas pelo Conselho Fiscal” e trazer transparência, um grupo de empresas que deveriam ser representados pelo Sindelivre, criou o SINDIOMAS que já conta com 399 escolas afiliadas sob a presidência da administradora Sirlei dos Reis. Isso não resolverá os problemas do Sindelivre mas ao menos vai tirar as escolas de línguas desse lamaçal.
Esperamos que outros grupos de empresas ou associações que também estão sendo prejudicadas por este sindicato ineficiente e corrupto percorra o mesmo caminho do Sindiomas.
Segundo os juristas, Igor M. Vasconcelos e Dra Luciana M. Lima, da LML Advogados, o líder sindical Celso Vieira "apoderou se de forma desavergonhada de quantias que deveriam ser empregadas em prol do interesse coletivo e não aos seus furtivos desejos pessoais".
Num país como o Brasil não é raro pessoas confundirem o coletivo com o particular e
usufruírem de instituições como se fosse uma propriedade particular do gestor.
Os empreendedores da área de ensino de idiomas já tem que lidar com uma burocracia insana, todo tipo de picareta na internet e uma legislação trabalhista feita para punir quem gera emprego. Não precisam bancar os luxos de um pelego sindical.
Eduardo Negrão é jornalista.
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