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73 anos da Mãe Peregrina: Encontro Nacional reuniu mais de 400 participantes em Atibaia

JORNAL ESTÂNCIA DE ATIBAIA por: Juliana Dorigo 73 anos da Mãe Peregrina: celebrar e planejar o futuro
Encontro Nacional de Coordenadores reuniu mais de 400 participantes em Atibaia/SP A Campanha da Mãe Peregrina completa 73 anos de história! Conhecida como braço apostólico do Movimento de Schoenstatt, a iniciativa que teve início em Santa Maria/RS se espalhou pelo Brasil. Hoje ela chega a todos os continentes. Para celebrar esta data e impulsionar o Jubileu de 75 anos, mais de 400 coordenadores da Campanha estiveram reunidos em Atibaia/SP, entre os dias 7 e 10 de setembro para o 2º Encontro Nacional de Coordenadores. Vindos de 20 estados e 92 dioceses, mais do que celebrar a data, o Encontro foi oportunidade para debater o futuro da Campanha. Missionários da Esperança
O encontro tem início com abertura festiva. Após a acolhida de cada estado ali representado, chega também à tenda dos Peregrinos a réplica da Peregrina Original, trazida nos ombros por Humberto Pozzobon, filho do Servo de Deus João Luiz Pozzobon, que iniciou a Campanha da Mãe Peregrina. A cena emociona os presentes. Em lugar de destaque, a imagem se junta a outras dezenas de Peregrinas Auxiliares que compõem a decoração da Tenda.
As coordenadoras dos Secretariados da Mãe Peregrina, Ir. M. Márcia Silva (Atibaia/SP) e Ir. Rosequiel Fávero (Santa Maria/RS), dão as boas-vindas oficiais a todos. Como relembra Ir. Rosequiel, iniciar este encontro é momento de gratidão, pois assim como outros eventos, a pandemia impediu que ele se realizasse anteriormente. Foram muitos desafios, mas agora todos podem estar juntos novamente. Ir. Márcia vê com expectativa e alegria o início dos trabalhos.
Já o Diretor Nacional do Movimento de Schoenstatt no Brasil, Pe. Antonio Bracht, reaviva as ideias centrais do lema escolhido para o Encontro e que acompanha os coordenadores até o Jubileu de 75 Anos: “Com a Mãe Peregrina, missionários da esperança”. “Precisamos de missionários da esperança, ou como diz o Papa Francisco, ‘peregrinos da esperança’ (…) A esperança é muito importante para a vida do cristão (…) Quem leva a Mãe leva esperança, porque leva Cristo, fonte e fundamento da nossa esperança”, afirmou. Pe. Antonio reforça o significado do Jubileu como desafio para os coordenadores, com a perspectiva de um novo começo, não apenas uma festa ou data a ser lembrada.
Renovar sim, mas com fidelidade à origem Se a motivação do encontro é reavivar a Campanha e descobrir juntos novos caminhos para a iniciativa, ao mesmo tempo a certeza é que isso só será possível com a fidelidade à origem. Por isso, os dias de formação se dividem nestes três pilares: conhecer a história, o agora e projetar o futuro. A proposta encontra eco entre os participantes, como conta Maria Edinalva da Silva Coutinho, de Maceió/AL “precisamos dar continuidade aos passos do senhor João Luiz Pozzobon. Dar o nosso sim, como ele deu. Porém, temos que ser dinâmicos. Aquele comodismo e espera por uma atitude do outro não cabem mais. Temos que ter coragem e perseverança para levar à Mãe a todos os lugares. Não podemos esperar acontecer (…) Saímos daqui com o ardor renovado, vamos levar muita coisa boa para alavancar a Campanha. Estamos vibrando muito pelos 75 anos, queremos trabalhar para chegar ao Jubileu com o espírito renovado”.
O Caminho Sinodal proposto antes e durante o encontro é outro passo importante para estes dias de trabalho. A pluralidade de 92 dioceses representadas fomenta boas discussões e a oportunidade de conhecer novas realidades. O casal Weverton e Lara Campelo, de Goiás/GO, avalia os trabalhos em grupo “aprendemos muito com essas trocas. Ouvimos muito de outros lugares e isso nos dá uma bagagem gigantesca. Vemos problemas em comum em muitas comunidades e paróquias e vemos outras situações muito diferentes (…) Atualmente vemos a Campanha muito bem estruturada, mas que precisa alcançar passos largos novamente para ir além, como seu João fez em seu tempo. Temos que reinventar a Campanha para alcançar as pessoas. Estamos num pós-pandemia, com as pessoas ainda muito dispersas da Igreja. Um ponto concreto para atrair mais pessoas para conhecerem a Campanha é o trabalho com as crianças da catequese, por exemplo, pois dessa forma atingimos as crianças e assim, as famílias como um todo”. Campanha Infantojuvenil: um campo para semear
Dentre os painéis apresentados, o trabalho com a Campanha Infantojuvenil ganha destaque. Na tarde de sábado, são coordenadores desta modalidade a os jovens missionários que partilham seus testemunhos. Além deles, o Diácono Gustavo Vieira da Silva e o Pe. João Renan Paisca Bersanda, ambos da diocese de Jundiaí/SP, foram missionários da Campanha da Infantojuvenil e partilharam seu vínculo com a Mãe Peregrina e a influência na vocação. Inclusive, a atual responsável pelo Secretariado de Atibaia, Ir. M. Marcia Silva, também é fruto da Campanha e compartilhou a experiência com o público presente.
O clérigo Guilherme Braga, religioso da Pequena Obra da Divina Providência, de Siderópolis/SC, comenta “precisamos realmente olhar para os jovens, fazer essa acolhida. O jovem é sol ou tempestade, se soubemos dar a Mãe de Deus ao jovem e o jovem à Mãe de Deus, teremos grandes instrumentos. Trabalho em um colégio e faremos agora o envio 10 peregrinas infanto juvenis, é uma grande graça”.
Rumo aos 75 anos: instrumentos de renovação
Ir. M. Diná Batista de Souza e Pe. Antonio Bracht apresentam no último dia um resumo do encontro e dos trabalhos em grupo realizados. “Foram momentos de partilha muito bons, vimos a seriedade, mas também a alegria com que vocês conversavam. Eram 28 grupos espalhados pelo Santuário”, lembraram.
Em uma das discussões, o foco foi avaliar a fecundidade da Campanha na Diocese. Como resposta, a visita das Mães foi um dos destaques, bem como a formação dos missionários e famílias, além do vínculo ao Santuário e a inserção de Schoenstatt nas paróquias. Já ao avaliar as fragilidades da Campanha, foram citadas a falta de comprometimento por parte de missionários e coordenadores, comodismo, acúmulo de funções dos coordenadores, indiferença das famílias, consequências da pandemia, falta de formação, falta de presença na comunidade paroquial. Por fim, ao se pensar em propostas para renovação, Pe. Antonio destacou das respostas o incentivo à presença da juventude, mais formação, uso das tecnologias e novas ferramentas, contato pessoal, estímulo à vida de oração, incentivo ao terço entre as famílias, diálogo entre movimentos e com a paróquia. Todo esse material será aprofundado entre os coordenadores.
Encerrando o encontro, Pe. Antonio resumiu o olhar para o futuro em 3 pontos. Incialmente: olhar para Santa Maria. “Vamos olhar para o ano santo de 2025, vamos olhar para Santa Maria porque lá teremos o Jubileu dos 75 anos da Campanha. Vamos com a vida que os testemunhos nos mostraram aqui. A vida se sente na vida. Lá queremos encontrar Jesus, que é o Centro. Lá Jesus quer se mostrar no Santuário como o Filho Heroico do Pai, aquele que deu a vida pela salvação e redenção das famílias. Lá teremos um encontro não só nacional, mas internacional”, afirmou.
Como segundo ponto, olhar o caminho para Santa Maria, peregrinar. “Peregrinar não é só comprar a passagem. É começar a rejuvenescer a nossa Campanha”, disse. O terceiro ponto é o olhar além de Santa Maria. “Olhar a Igreja sinodal. O Papa nos propõe esse modo sinodal, que vai além de um Jubileu. Somos Igreja, queremos que mais jovens e crianças se animem a ser colaboradores. Também queremos a canonização de João Luiz Pozzobon. Isso vai depender do nosso empenho”, encerrou.
Renovados, os Coordenadores são enviados com a Santa Missa presidida por Dom Pedro Luiz Stringhini , da diocese de Mogi das Cruzes. O encontro acaba, mas o trabalho só começa. Muitos frutos ainda irão surgir destes dias, o principal é o ardor para seguir a missão. Rumo aos 75 anos, com fidelidade à origem e o coração cheio de esperança.

73 anos da Mãe Peregrina: Encontro Nacional reuniu mais de 400 participantes em Atibaia

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