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A História de Nossa Senhora Aparecida

JORNAL ESTÂNCIA DE ATIBAIA Nos dias de hoje, quando entramos na sala dos milagres da Basílica de Aparecida podemos ver muitas as manifestações de gratidão de seus devotos. Imediatamente nos vêm à memória os favores que a Padroeira dos Brasil concedeu a seus filhos ao longo destes séculos. Sobretudo nos momentos de aflições e dificuldades, tristezas e sofrimentos, Maria sempre ouviu e ouve as preces do povo brasileiro. I – O Conde, os pescadores e uma imagem Foi em 1717 que Dom Pedro de Almeida Portugal e Vasconcelos, Conde de Assumar, Governador das Capitanias de São Paulo e Minas Gerais, subiu a cavalo até São Paulo, para tomar posse do governo. Assim, permaneceu em Guaratinguetá de 17 a 30 de outubro, sendo recebido com pompa, inclusive com grandes banquetes com o melhor da culinária local como os saborosos pescados do Rio Paraíba do Sul. Para isso, a Câmara Municipal convocou os mais experientes pescadores para lançar as redes, pois era necessária boa quantidade de peixes. Domingos Alves Garcia, seu filho João Alves e Felipe Pedroso, entre outros, puseram as mãos no remo. Mas, por mais que se esforçassem, não pescaram nada. Foi quando na rede de João Alves, apareceu primeiramente o corpo da pequena imagem de Nossa Senhora, e depois, sua cabeça. Imediatamente as redes se encheram de tanto peixe que os barcos quase afundaram! Os bons ribeirinhos logo atribuíram essa pesca milagrosa à presença da imagem de Nossa Senhora da Conceição, que, pelo fato de ter aparecido nas águas, ficou conhecida como Aparecida! II – O milagre das velas e outros prodígios Felipe Pedroso levou para casa a imagem, diante da qual toda a família começou a rezar, dando início a uma sequência de milagres que continuam até hoje. O primeiro milagre atribuído à imagem ocorreu numa noite enquanto a família e vizinhos “cantavam o terço”. Duas velas se apagaram acenderam sozinhas. A luz daquelas velas, que se reacenderam miraculosamente naquela noite, iluminou seus corações e despertou neles grande amor e devoção para com Nossa Senhora Aparecida. II – O milagre das velas e outros prodígios Felipe Pedroso levou para casa a imagem, diante da qual toda a família começou a rezar, dando início a uma sequência de milagres que continuam até hoje. Com efeito, o primeiro milagre atribuído à imagem ocorreu numa noite enquanto a família e vizinhos “cantavam o terço”. Duas velas se apagaram acenderam sozinhas. Certamente, a luz daquelas velas, que se reacenderam miraculosamente naquela noite, iluminou seus corações e despertou neles grande amor e devoção para com Nossa Senhora Aparecida. III – Tesouro para o povo brasileiro As famílias dos três pescadores viviam na região do encontro da imagem e foram os primeiros a prestar culto à Nossa Senhora Aparecida. Assim, a imagem peregrinou durante bom tempo pelas casas dos pescadores, até se fixar em Itaguaçu, lugar do seu encontro, na residência de Atanásio Pedroso, que construiu-lhe um oratório e um altar de madeira, onde, todos os sábados, grupos de famílias iam rezar o terço. V – Correntes da escravidão se estatelam no chão No final do século dezoito um escravo fugitivo, que estava sendo conduzido de volta à fazenda, ao passar diante da capela, pediu ao fazendeiro que lhe permitisse subir até à igreja para fazer oração. Enquanto estava em oração diante da imagem, as correntes se soltaram de seu pescoço e de seus pulsos, caindo por terra. Comovido com o sucedido, o fazendeiro o resgatou, depositando no altar o preço do escravo, e o conduziu para casa como um homem livre” A queda das pesadas correntes que prendiam o escravo Zacarias pelo pescoço e pulsos, são um sinal de como Maria deseja nos libertar de todas as correntes que nos prendem ao demônio, ao mundo ou à carne! Todos nós mantemos alguma corrente de apego, vício ou até pecado que nos afastam de Deus! Neste momento, diante de Maria a libertadora dos escravos peçamos: Minha Mãe e Senhora Aparecida, eu te amo profundamente e peço que me liberteis de todas as correntes de escravidão que me afastam de Vós! VI – Romarias de todas as partes As romarias que se iniciaram no oratório do Porto de Itaguaçu continuaram a partir de 1745, na igreja do Morro dos Coqueiros, que a voz do povo batizou de santuário. Então, em 1884 o jornal “Correio Paulistano” estampou matéria sobre as romarias oriundas de todo o Império, ressaltando o articulista as saudades que ele sentia do tempo de menino, participando daquelas pias viagens junto com sua família: “Antigamente as Romarias à Capela da Aparecida tinham muito de pitoresco; eram as famílias que se moviam lentamente com os filhos pequenos, os pagens, os camaradas, as mucamas, e o armazém ambulante às costas dos cargueiros”. E observa que, com as mudanças nos hábitos causadas pela estrada de ferro, “acabou-se o encanto daquelas pias viagens”. No entanto, todos nós que já fomos em romaria a Aparecida sabemos que apesar de todas as mudanças que ocorreram no Brasil, o amor e proteção da nossa Mãe Aparecida não esmorece nem falta a quem a Ela recorre! VII – A nova devoção, refúgio para o povo Os que iam à capela buscava-se curas físicas, é verdade, mas o principal motivo era a devoção, exteriorizada com gestos e atitudes. Por exemplo, rezar sua Novena, limpar a igreja, percorrer de joelhos a rua que dá acesso à mesma, dar esmolas à Capela, ajudar os pobres. Ainda mais, registram-se na história de Aparecida senhores e senhoras que assistiram de joelhos até três missas e outros que se arrastam de joelhos até o altar. Viam-se famílias se privarem de tudo para dar a Nossa Senhora, (…) uma devoção generosa, um amor pronto aos sacrifícios”. VIII – Inúteis manifestações de ódio Como não poderia deixar de ser, os que não gostam de nossa Mãe celeste deixaram as marcas de seu ódio gratuito. Por exemplo, um homem de Cuiabá, que quis entrar a cavalo na igreja para desafiar Nossa Senhora, mas não conseguiu. As patas do animal grudaram-se nas pedras. Ele, agora convertido, pediu perdão a Maria e dirigiu-se, contrito, à imagem para rezar. Isso ocorreu em 1866. Da mesma forma, a quebra da imagem na Basílica Velha, em 1978, por um jovem protestante, comoveu o País, e só fez aumentar o amor dos brasileiros à sua Mãe, que a reentronizaram com manifestações de fé e entusiasmo. Como também o sacrílego pontapé que um pastor protestante desfechou numa imagem de Nossa Senhora Aparecida, em pleno programa televisivo, em 1995. O ato abalou a Nação, mas não a devoção do seu povo, que só fez aumentar. IX – Torrentes de milagres: os ex-votos Haja tempo, papel e tinta para relatar os inúmeros milagres e graças obtidos pela intercessão da Senhora Aparecida Por exemplo, a menina de Jaboticabal, cega de nascença, que ao chegar diante da Capela de Aparecida, em 1874, passa a enxergar e diz: “Mamãe, que bonita igreja!” Ou ainda uma senhora devota que foi curada de trombose em São Paulo, em 1984. Mas quem quiser ler esses relatos, vá até o Salão das Promessas e confira os milhares de ex-votos, ou seja, objetos que exprimem gratidão pelos milagres acontecidos. Ali poderá ver um par de muletas, inúteis agora ao antigo usuário; a escultura de um braço miraculado; a peça de carro do acidente fatal que não matou; o desenho de uma máquina quase assassina. X – Conclusão São João Paulo II chamou Aparecida de “Capital Nacional da Fé” e, de fato, temos fé e confiança de que Nossa Senhora Aparecida continuará protegendo a todos os brasilieros. Não importa quais sejam quais forem os problemas pessoais ou de outro gênero que tenhamos que enfrentar. Maria estará pronta a ouvir seus filhos. Por isso, queremos que todos conheçam as orações à Padroeira do Brasil reunidas neste livreto e sintam-se amados por Nossa mãezinha. Mas a Associação Nossa Senhora das Graças quer que você participe e colabore com esta ação missionária. Como? Aqui você pode fazer parte desta obra. Oração de Nossa Senhora Aparecida O Papa Francisco, em sua visita ao Brasil, também rezou uma oração diante da imagem de Nossa Senhora Aparecida. "Mãe Aparecida, como Vós um dia, assim me sinto hoje diante do vosso e meu Deus, que nos propõe para a vida uma missão cujos contornos e limites desconhecemos, cujas exigências apenas vislumbramos. Mas, em vossa fé de que “para Deus nada é impossível”, Vós, ó Mãe, não hesitastes, e eu não posso hesitar. Assim, ó Mãe, como Vós, Eu abraço minha missão. Em vossas mãos coloco minha vida e vamos Vós-Mãe e Eu-Filho caminhar juntos, crer juntos, lutar juntos, vencer juntos como sempre juntos caminhastes vosso Filho e Vós. Mãe Aparecida, um dia levastes vosso Filho ao templo para O consagrar ao Pai, para que fosse inteira disponibilidade para a missão. Levai-me hoje ao mesmo Pai, consagrai-me a Ele com tudo o que sou e com tudo o que tenho. Mãe Aparecida, ponho em vossas mãos, e levai até o Pai a nossa e vossa juventude, a Jornada Mundial da Juventude: quanta força, quanta vida, quanto dinamismo brotando e explodindo e que podem estar a serviço da vida, da humanidade. Finalmente, ó Mãe, vos pedimos: permanecei aqui, sempre acolhendo vossos filhos e filhas peregrinos, mas também ide conosco, estai sempre ao nosso lado e acompanhai na missão e grande família dos devotos, principalmente quando a cruz mais nos pesar, sustentai nossa esperança de nossa fé".

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