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A Pandemia do Covid-19 e a nova sociedade

Por: Everaldo Marino Vellardi JORNAL ESTÂNCIA DE ATIBAIA Quais as mudanças na sociedade com a pandemia do novo Coronavírus? A COVID-19 (Corona VIrus Disease de 2019) é uma infecção respiratória causada pelo SARS-Cov-2 (Severe Acute Respiratory Syndrome). Desde fins de 2019, foi descoberto que um vírus vinha atingindo pessoas de todos os continentes. Causando sintomas parecidos com a gripe comum essa epidemia universal passou a provocar mortes em números bastante elevados. Laboratórios de diversas nações passam a produzir vacinas para combater esse mal. As medidas indicadas para prevenção se tornaram também universais, como: Lavar as mãos com água e sabão; Usar na higienização das mãos o álcool 70%; Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas; Manter distanciamento social; Usar máscaras; Cobrir a boca e o nariz quando tossir ou espirrar; Limpar todas as superfícies tocadas com frequência. O isolamento social tem sido umas das principais atuações para evitar a contaminação e consequente disseminação desse vírus. E as pessoas, perplexas e assustadas, começaram a viver em solidão. Os sedentários ficando mais sedentários. Trancafiados em suas residências os indivíduos iniciaram um tipo de vida ou de relacionamento jamais percebido. Novos comportamentos e novas condutas passam a se impor na sociedade e, para tanto, são criados protocolos ou normas a serem obedecidas para não sermos acometidos da doença. As posturas tomadas vêm construindo o denominado “novo normal”. E como viver ou sobreviver dentro dessa nova realidade? Ficar isolado? O medo de se pegar a infecção instiga uma fuga periódica para um local mais limpo, livre e seguro. Nós somos retirantes dos centros nervosos, abafados, quentes e agitados procurando nosso próprio espaço, único, centralizado em si mesmo. As famílias vivem mais tempo próximas – pai, mãe, filhos, alguns com sogros e tios – porém, na medida do possível, sem ficarem aglomerados. A diversão ou o lazer são feitos em casa. Ficar em frente à TV, ao computador, ao tablet, a um livro, praticar jogos ... são lazeres ocupando a sala, o quarto, a cozinha ou outro qualquer canto. Algumas pessoas vão para a jardinagem, outras tantas para o artesanato, milhares passam à produção de doces e salgados para a comercialização. Todavia, as desavenças também cresceram. Entediados, casais entram em atritos entre eles, com os filhos, os vizinhos ... A verdade é que o distanciamento social trouxe, entre outras questões, o desemprego. Trabalhadores do sexo feminino ficando em casa para cuidar de seus filhos, porque as creches e escolas estão fechadas, têm como consequência renda menor à família e problemas sérios no ensino das crianças, sem contar os milhares de jovens que estão deixando os colégios. Como recuperar? Investir em caminhos mais versáteis. Acentuou-se o trabalho em casa – o home office. Surgiu nova dinâmica na produção e, para isso, vem a necessidade de se integrar a novos papéis, novas funções exigentes de conhecimentos mais especializados. Percebe-se a precisão de reciclagem, mudança de mentalidade e busca por alternativas novas para poder se adaptar ao novo ambiente. Se, há poucos anos, dizia-se que todo indivíduo devia possuir um plano B em sua trajetória de vida, caso surgisse um fato inesperado, como o desemprego, hoje, fala-se em sermos múltiplos para garantir a sobrevivência. Contudo, o não emprego é questionável. Ele vem acontecendo, porém, novas profissões surgem e outras antigas ressurgem, desde que se realizem ou se preparem com conhecimentos mais específicos. Profissões como costureiras, motoristas, repositores de mercado, caixas, atendentes, farmacêuticos têm encaixe em supermercados, padarias, farmácias ... . Nas clínicas de saúde e hospitais vêm crescendo as vagas de emprego. E, segundo especialistas do trabalho, mais de 30 novas profissões despontam, sobretudo, nas áreas de comunicação e tecnologia da informação (TI). Se a pandemia do novo Coronavírus provocou o teletrabalho, fez menor o tamanho dos escritórios e galpões, diminuiu o intercurso face a face, ela, igualmente, promoveu um compartilhamento maior via internet e suscitou atendimento ampliado por delivery e drive-thru. Esse momento nos faz refletir sobre as reais necessidades da existência humana: alimentação, moradia, trabalho e lazer. A redução de postos de trabalho vem mostrar o quão devemos nos reinventar, buscar novos espaços para execução de nosso labor a fim de atender às nossas necessidades vitais. A atual situação nos impele ao autoconhecimento. Olhar para o interior de nós mesmos e nos encontrarmos. Observe a intensa transformação do espaço ora efetuada pela ação humana no trabalho remoto. Este teletrabalho cresce espantosamente entre os jornalistas, os designers e os escritores – favorecido pela 4ª Revolução Industrial ( Indústria 4.0) – com as tecnologias de automação e da informação. Note a evolução do e-commerce trazendo sustento para quem produz e distribui. As empresas de transportes e correios apresentam resultados expressivos quando comparados ao período anterior à pandemia. Este breve artigo não traz ideias, propostas ou conselhos mirabolantes. Entretanto, entende-se que não haja mais espaço para criticar ou procurar culpados a essa crise. Deseja-se trocar o criticar pelo criar. Não apontar falhas ou defeitos, porém, formar, gerar, construir, elaborar, instituir meios e instrumentos eficazes na busca de resultados e soluções para a vida. Paremos de assistir e bater palmas a shows que frequentamos. Vamos apresentar nossos próprios espetáculos, edificarmos nossas próprias artes. A criatividade deve estar presente em nosso trabalho do dia a dia e na energia compartilhada na sociedade. O céu e o horizonte devem ser os únicos limites para nossa inventividade. Por isso, basta de censurar, depreciar, dizer mal de algo ou alguém. Procuremos inovar e sermos originais em tudo que praticarmos. E, se você é do tipo desassossegado, distraia-se de forma responsável e execute tarefas que lhe agradam. Ser inquieto e ousado, agora, é positivo, quando se toma a decisão e a realização de algo para alcançar o almejado. E, numa época de incertezas, criemos coragem e exercitemos o que é aprazível.

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