Apreensão de cigarro eletrônico cresce e a pneumologista do Hospital Novo Atibaia, comentou sobre o assunto.
JORNAL ESTÂNCIA DE ATIBAIA Proibido pela Anvisa, o uso do dispositivo ainda é um tema controverso entre pesquisadores e sociedades médicas; agentes cancerígenos relacionados ao câncer de bexiga foram encontrados na urina dos usuários A oferta de cigarros eletrônicos no Brasil aumentou 7,5% em 2023: entre os meses de janeiro e outubro, 1,182 milhão desses componentes foram apreendidos pela Receita Federal ante 1,094 milhão, em 2022. Se comparado com o ano de 2020, quando foram confiscadas 30 mil unidades, o número de apreensões disparou 97,5%. Desde 2009, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anavisa) proíbe a fabricação, importação, comercialização e publicização desse tipo de componente no país. Em 1º de dezembro do ano passado a Anvisa estabeleceu um prazo de 60 dias (12 de dezembro até 9 de fevereiro) para que a sociedade debata, por meio de uma consulta pública, se a regra deve ser mantida ou alterada no Brasil. Além disso, tramita no Senado Federal um projeto de lei (5008/2023), de autoria da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), que permite a produção, importação e exportação de cigarros eletrônicos no Brasil. Diante desse quadro controverso, Edwana Oliveira, pneumologista do Hospital Novo Atibaia, avalia que a indústria já reconheceu os malefícios do tabagismo, passando a oferecer o cigarro eletrônico como uma alternativa de redução de danos, o que ainda é um tema controverso entre pesquisadores e sociedades médicas, sendo que o assunto é objeto de estudos em todo o mundo. “A estratégia da indústria tem como principal alvo os jovens, sendo que a maioria dos novos dispositivos eletrônicos contém nicotina. Eles atuam no sistema nervoso central como estimulante, da mesma maneira que o cigarro tradicional, ou seja, não há benefício em trocar um pelo outro para tratar a dependência em nicotina”, alerta a médica. Pesquisas já identificaram agentes cancerígenos relacionados ao câncer de bexiga presentes na urina de usuários de cigarros eletrônicos e uma quantidade de níquel até 100 vezes maior do que na fumaça do cigarro convencional. As essências aromatizantes são capazes de promover algum tipo de alteração ou dano fisiológico em nosso organismo. A glicerina está associada à irritação dos olhos, pulmões e esôfago, assim como a acroleína é um potente irritante para a pele, olhos e nariz, o benzaldeído é irritante para os olhos e as membranas mucosas das vias respiratórias e o mentol está associado ao aumento de inflamações. “O tabagismo é considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a maior causa isolada de adoecimento e morte evitável no mundo, respondendo por 45% de todas as mortes por câncer; 75% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica; 20% das mortes por doenças vasculares; e 35% das mortes por doenças cardiovasculares. É a segunda droga mais consumida entre os jovens no mundo”, finaliza a pneumologista do Hospital Novo Atibaia. Crédito: Comunicação/Hospital Novo Atibaia
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