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  • Maria Antonieta Iadocicco

Universo Paralelo, TDAH.

JORNAL ESTÂNCIA DE ATIBAIA

por: Maria Antonieta Iadocicco

Maria Antonieta Iadocicco
Maria Antonieta Iadocicco

O universo paralelo existe para muitos, porém, poucos conseguem perceber a dimensão da angustia de quem vive entre dois mundos.


O primeiro universo aparentemente normal, como de todos os outros.

Já o segundo, vem carregado de ansiedade, cobrança, agitação, impulsividade, desatenção e estresse. Este tem nome: TDAH (transtorno de déficit de atenção. Hiperatividade e impulsividade) e que muitas vezes pode estar acompanhado do TEA (transtorno do espectro autista).


O TDAH é um transtorno neurobiológico de causas genéticas, aparece na infância e acompanha o individuo por toda a vida.


Os principais sintomas em crianças e adolescentes são: agitação, inquietação, movimentação pelo ambiente, mexem os pés e as mãos, mexem em vários objetos, não conseguem ficar parados por muito tempo, desatentos, se distraem facilmente com seus próprios pensamentos.


O esquecimento também faz parte destes sintomas, a impulsividade comum nestes casos como: não conseguem esperar sua vez, ler até o final e responder, interromper os outros, agir sem pensar e ainda, dificuldade em se organizar e planejar, com desempenho escolar inferior ao esperado para sua capacidade intelectual, esses problemas escolares estão mais ligados ao comportamento do que ao rendimento. A menina tem menos sintomas de hiperatividade, mas também são desatentas.


O TDAH pode ser tratado com combinação de medicamentos, psicoterapias e fonoaudiologia (quando houver transtornos de fala e ou de escrita).


O TEA- autismo leve: dificuldade em focar-se numa tarefa simples e concluí-la. Preferência por ficar sozinho do que brincar om outras crianças. Não ter, aparentemente, medo de situações perigosas. Ficar repetindo palavras ou frases em locais inapropriados.


Existe uma situação genética entre o autismo e o TDAH, afirmam as pesquisas. Sabe-se hoje, que os genes associados ao transtorno também aumentam o risco para outros transtornos, como esquizofrenia, autismo e depressão. É comum ocorrer confusão entre sinais do TDAH e TEA.


Em ambos os casos, ocorrem dificuldade em manter o foco, ser impulsivos, dificuldade em se comunicar e se relacionar e pode aparecer simultaneamente na mesma pessoa (comorbidade).


Basicamente, o autista possui dificuldade de interagir e entende o mundo de uma maneira diferente, já quem tem TDAH costuma ser definido como aquele que vive no mundo da lua.

As pessoas precisam entender que não há cura para esses transtornos (não são doenças) e que o cérebro dos indivíduos com TDAH e ou TEA funciona de forma diferente.


Busquei compreender melhor as sensações de um portador de TDAH adulto, irei trata-lo por João, que gentilmente permitiu expor seus anseios.


Para João, o transtorno não é apenas desconhecido pelos pais e professores, não existe divulgação sobre o transtorno e quando há, não é debatido com profundidade. Conta que descobriu ser portador com mais de 35 anos, quando muitos danos já estavam estabelecidos, relacionados à dificuldade de aprendizagem, problemas em relacionamentos, dificuldades profissionais, etc.


Conta também que quando o transtorno apresenta menos hiperatividade física (como no seu caso) maior a dificuldade para um diagnóstico assertivo e que até mesmo muitos médicos da área não se aprofundam neste estudo.


Para João, muitas vezes quem sofre de TDAH busca o isolamento (que nunca é bem compreendido) porque fica difícil para o outro com quem convive entender as dificuldades do portador que acaba sendo visto como “o chato” e o “mal-humorado”, etc.


Quando foi questionado sobre as escolas se estas estão preparadas para trabalhar com esses alunos, com recursos didáticos adequados para o desenvolvimento de aprendizagem, João comentou sobre o despreparo dos pais e professores, que o ideal seria que fossem mais atentos aos primeiros sinais do transtorno. Esses indivíduos necessitam de atenção especial e muita dedicação.


Perguntei a ele se sentiu algum preconceito em relação ao transtorno, afirmou que sim, possivelmente são vistos como “esquisitos”, antissociais, estourados, etc. Também afirmou que não é bom sentir que pessoas do convívio, que sabem das condições do portador, tendem a reduzir o problema culpando-os das questões que surgem no relacionamento, mesmo que legitimamente estejam com a razão, à culpa será sempre direcionada ao portador e o outro acaba não percebendo seus próprios desvios.


No caso do João, sua maior dificuldade é a procrastinação, a baixa autoestima, a vontade de realizar diferentes projetos dos quais ficam inacabados e abandonados, a falta de paciência com pequenas coisas, além das comorbidades do tipo perfeccionismo, depressão e muitas outras.


Ele acredita que o TDAH deveria ser mais divulgado e discutido com seriedade. O transtorno tende a ser banalizado, já que pode ocorrer com maior ou menor intensidade. A pessoa que apresenta o TDAH leva uma vida normal, mas externamente pode ser visto apenas como agitado, estranho.


Porém, João conta que no interior de sua mente, a turbulência inigualável de pensamentos, que ninguém vê é o que lhe prejudica. Ainda acrescenta que já ouviu depoimentos de portadores que se “beneficiam” de algumas “vantagens” do TDAH como o hiperfoco em atividades que agradam ou criatividade exacerbada. No entanto, não consegue enxergar isso como vantagem, talvez por sentir, atualmente, que as desvantagens são bem mais numerosas.


Considero importante citar aqui, que a Lei 14.254/21 prevê assistência integral a aluno com transtorno de aprendizagem, como dislexia e TDAH.


Segundo a norma, as necessidades do aluno serão atendidas pelos profissionais da rede de ensino em parceria com profissionais da rede de saúde.


Os professores deverão ser capacitados para identificação precoce dos sinais relacionados ao transtorno de aprendizagem.


Essa lei dispõe sobre o diagnóstico e o tratamento do TDAH e Dislexia na educação básica. Ainda estabelece que as escolas devam assegurar aos alunos com TDAH e Dislexia acesso aos recursos didáticos adequados ao desenvolvimento de sua aprendizagem e que os sistemas de ensino garantam aos professores formação própria sobre a identificação e abordagem pedagógica.


Maria Antonieta Iadocicco
Maria Antonieta Iadocicco

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Consultas:

www.nealtheine.com

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www.valesaude.com.br

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